Amados, não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que vocês têm desde o princípio: a mensagem que ouviram. No entanto, o que escrevo é um mandamento novo, o qual é verdadeiro nele e em vocês, pois as trevas estão se dissipando e já brilha a verdadeira luz.
1 João 2:7-8
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O apóstolo João, em sua primeira carta, nos apresenta um mandamento que ele chama de “antigo” e, ao mesmo tempo, de “novo”. Esse aparente paradoxo revela uma verdade central da fé cristã: a profundidade do amor e da luz que Cristo trouxe ao mundo. Quando João escreve: “não escrevo a vocês um mandamento novo, mas um mandamento antigo”, ele nos faz lembrar que o amor é a essência da mensagem de Deus desde o princípio. Ao mesmo tempo, quando diz que esse mandamento é “novo”, refere-se à maneira como Jesus o cumpriu perfeitamente, mostrando-nos o amor em sua forma mais pura e plena (1 João 2:7-8). Esse amor é a luz que dissipa as trevas e ilumina o caminho para aqueles que o seguem.
O conceito de amar ao próximo está enraizado nas escrituras desde o Antigo Testamento. O mandamento de “amarás o teu próximo como a ti mesmo” já estava presente em Levítico 19:18. Porém, Cristo deu uma nova dimensão a esse amor ao sacrificar-se por nós, amando até mesmo seus inimigos e entregando sua vida em favor de todos. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos e se entregar na cruz, mostrou-nos que o amor vai além das palavras, é uma ação. Ele é o cumprimento de todas as leis, como o próprio apóstolo Paulo nos lembra: “Quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Romanos 13:8).
Jesus enfatiza a importância desse amor quando, em João 13:34, diz: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. Essa é a luz que brilha nas trevas que João menciona em sua carta. Não se trata apenas de amar aqueles que nos amam, mas de amar como Cristo nos amou, um amor sacrificial, incondicional e que transforma a vida das pessoas ao nosso redor. É um amor que vai além das expectativas humanas e reflete a própria natureza de Deus.
As trevas, que simbolizam o pecado, o egoísmo e o afastamento de Deus, estão constantemente presentes no mundo. No entanto, a luz de Cristo, manifestada através do amor, tem o poder de dissipar essas trevas. Em Mateus 5:14-16, Jesus nos chama de “a luz do mundo” e nos instrui a deixar essa luz brilhar, para que as pessoas vejam nossas boas obras e glorifiquem a Deus. Portanto, quando vivemos o amor de Cristo em nossas ações diárias, somos agentes dessa luz, ajudando a dissipar as trevas que cercam a humanidade.
João também nos alerta que dizer que estamos na luz enquanto odiamos nosso irmão é uma contradição. O verdadeiro cristão é aquele que não apenas professa amor, mas vive esse amor em suas interações diárias. O ódio, o rancor e o desprezo são atitudes que pertencem às trevas. O amor, ao contrário, pertence à luz e ao reino de Deus. “Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há motivo de tropeço” (1 João 2:10). Amar o próximo é, portanto, um reflexo direto da nossa comunhão com Deus e da nossa permanência na verdadeira luz.
É importante entender que o amor cristão não é uma emoção passageira ou superficial. É uma decisão de agir em prol do outro, mesmo quando isso nos custa algo. Em 1 Coríntios 13, Paulo nos oferece uma descrição detalhada do amor: paciente, bondoso, que não inveja, não se orgulha, não se ira facilmente e não guarda rancor. Esse é o tipo de amor que devemos perseguir, o amor que reflete a luz de Cristo em nós. Não podemos, por nossas próprias forças, alcançar esse tipo de amor, mas, com a ajuda do Espírito Santo, somos capacitados a amar como Cristo nos amou.
Concluindo, o “novo” mandamento que João menciona não é novo em conteúdo, mas é novo em aplicação e profundidade. Ele é verdadeiro em Jesus, que o viveu plenamente, e deve ser verdadeiro em nós, que somos chamados a seguir seus passos. À medida que permitimos que a luz de Cristo brilhe em nossas vidas, o mundo ao nosso redor começará a perceber essa diferença. As trevas estão se dissipando, e a verdadeira luz já brilha. Que possamos, então, ser porta-vozes dessa luz, amando uns aos outros com o amor de Cristo, que é a essência de toda a lei e a verdadeira manifestação do reino de Deus entre nós.
Deus Abençoe!
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Pastor Erik Santana
Graduado em Teologia, com especialização em Episcopologia e Escatologia pelo International Seminary Hosanna Bible School.
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