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Artigo Teológico: China e Japão, Herdeiros de Abraão no Fim dos Tempos?

“E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Quetura…” (Gênesis 25:1-6)



Por que, supostamente, não encontramos menções a ascendentes de japoneses, chineses, coreanos e etc nas escrituras sagradas? Quando lemos a bíblia de maneira superficial, sem aprofundar-se, facilmente surge-nos esse tipo de dúvida e questionamento. Mas, com profundidade bíblica, conseguimos encontrar não somente referências e menções, mas uma participação fundamental no plano de Deus para a redenção do homem.


A figura patriarcal de Abraão é central tanto para o judaísmo como para o cristianismo e o islamismo. Embora sua descendência seja tradicionalmente enfatizada por meio de Isaque e Ismael, Gênesis 25 apresenta uma outra linhagem significativa: os filhos de Quetura.


Esta mulher, esposa de Abraão após a morte de Sara (Gn 23), gera seis filhos, os quais formam povos que, segundo o texto bíblico, foram enviados para o Oriente. A pergunta é: será que esses povos se tornaram as nações hoje conhecidas como China, Japão, Coreia e outros grandes atores do atual cenário mundial? E mais: terão esses descendentes de Abraão um papel escatológico no fim dos tempos?


1. A Linhagem Oriental de Abraão (A Profecia Esquecida do Oriente)


“E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Quetura. E ela lhe deu a luz Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá… porém aos filhos das concubinas que Abraão teve, deu presentes, e, vivendo ele ainda, os despediu, do seu filho Isaque, para o Oriente, para a terra oriental.”(Gênesis 25:1-6)


Após a morte de Sara, Abraão casa-se com Quetura, uma mulher que, embora muitas vezes marginalizada nos púlpitos e seminários, carrega um peso teológico subestimado. Seus filhos – seis ao todo – formam a chamada linhagem esquecida de Abraão, um ramo que, segundo o texto, foi enviado deliberadamente “para a terra oriental”. O termo hebraico usado aqui para "Oriente" é קֶדֶם (qedem), que além de significar geografia, também carrega uma conotação temporal e espiritual – algo como “antiguidade”, “origem” ou até mesmo “anterioridade divina”.


Esta expressão sugere mais do que um simples deslocamento territorial; indica uma missão divina camuflada, um envio com propósito escatológico. Assim como Ismael foi lançado ao deserto, e depois se tornou uma grande nação, os filhos de Quetura não foram expulsos, mas enviados – com presentes, não com desprezo. Aqui há algo que merece ser desenterrado: não se trata de uma exclusão, mas de um redirecionamento estratégico da parte de Deus.


1.1 O Oriente Bíblico: Mais do que Mesopotâmia?


É comum assumir que o "Oriente" a que se refere Gênesis se limite às regiões da Síria, Arábia ou Mesopotâmia. No entanto, ao lermos o texto com os olhos da escatologia e do propósito eterno de Deus, essa fronteira parece estreita demais.


Se os filhos de Quetura foram enviados ao Oriente, e se considerarmos as grandes migrações humanas e os registros históricos fragmentados, é plausível considerar que esses descendentes tenham atravessado para além da Ásia Central, alcançando regiões hoje conhecidas como Índia, China, Japão e Coreia. Essa leitura é reforçada por:


  • A semelhança linguística e cultural entre povos orientais e semitas antigos;

  • Relatos históricos orientais que mencionam patriarcas ou sábios de origem ocidental;

  • E a tradição dos “reis sábios do Oriente” (como os magos de Mateus 2) que parecem guardar resquícios de uma memória espiritual ancestral.


1.2 Quetura e os Povos Semíticos do Extremo Oriente


Quetura não gera qualquer descendência irrelevante: entre seus filhos, encontramos Midiã, ancestral dos midianitas, que mais tarde terão papel fundamental no cenário bíblico. Foi com os midianitas que Moisés se refugiou e ali conheceu Zipora, sua esposa, um elo entre o libertador de Israel e os filhos orientais de Abraão.


Quetura, uma das esposas (concubinas) de Abraão
Quetura, uma das esposas (concubinas) de Abraão

Seguindo essa linha, é possível que outros filhos de Quetura tenham gerado povos que mantiveram uma memória espiritual do Deus de Abraão, embora deformada pelo tempo. Seriam, portanto, portadores de uma centelha espiritual adormecida, prestes a ser reativada nos tempos do fim, conforme Apocalipse 16. "O Oriente não está esquecido, está reservado."


1.3 Enviados com Presentes: Uma Bênção em Suspensão


Ao dizer que Abraão lhes deu presentes e os enviou (Gn 25:6), o texto nos mostra algo notável: eles não foram amaldiçoados, mas abençoados com recursos e direção. Isso é, no mínimo, simbólico.


Nos tempos bíblicos, a entrega de presentes e o envio era um ato de liberação com

propósito, como um pai que confia aos filhos uma missão fora de casa, mas com raízes firmadas em seu legado.


Essa imagem projeta algo escatológico: na plenitude dos tempos, esses filhos retornarão com seus próprios presentes, ouro, incenso e mirra, para honrar aquele que é o verdadeiro descendente de Abraão: o Messias.


2. Sebá e Dedã: Guardiões Proféticos


“E os filhos de Jocsã foram Sebá e Dedã.”(Gênesis 25:3)

“Sabá, Dedã, e os mercadores de Társis, com todos os seus leõesinhos, te dirão: Vens tu para tomar o despojo?”(Ezequiel 38:13)


Na genealogia, muitas vezes ignorada de Gênesis 25, encontramos duas figuras que se tornam, surpreendentemente, sentinelas proféticas do fim dos tempos: Sebá e Dedã, filhos de Jocsã, netos de Abraão por meio de Quetura. Homens que nascem no silêncio da história, mas ecoam com força nas trombetas da escatologia.

Ezequiel 38, ao narrar o grande levante de Gogue contra Israel nos últimos dias, menciona Sebá e Dedã não como inimigos, mas como espectadores inquisitivos, quase como vozes morais em meio ao caos. Eles não participam da invasão, mas questionam-na: “Vens tu para saquear?”.


Este papel aparentemente secundário, quando lido à luz da genealogia, torna-se uma prova bíblica de que a linhagem oriental de Abraão não desapareceu, apenas permaneceu à espreita. Eles ressurgem, não como agressores, mas como aliados morais de Israel, um eco das promessas que Deus fizera a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3).


2.1 De Netos a Vigias


Ao serem mencionados por Ezequiel como entidades observadoras no cenário escatológico, Sebá e Dedã demonstram que a descendência de Abraão via Quetura não apenas perdurou, mas manteve uma consciência profética e geopolítica. O termo usado para “mercadores” no versículo (hebraico: rochel) pode ser entendido também como "traficantes", "negociadores", ou mais amplamente: intermediários entre as nações.


Ou seja, no fim dos tempos, os filhos do Oriente surgem como intercessores geopolíticos, não apenas comerciais, mas espirituais, que se posicionam não com a Besta, mas com Israel. Isso sugere que:


  • A linhagem oriental de Abraão não se perdeu espiritualmente por completo;

  • Ela foi preservada em certas nações que manterão postura favorável a Israel no Armagedom;

  • Estas nações, possivelmente representadas por países do Golfo, Sudeste Asiático ou até do Extremo Oriente, agirão como aliados neutros conscientes.

“Aqueles que foram enviados com presentes, voltam agora com perguntas.”


2.2 Sebá e Dedã Hoje: Onde Estão?


Historicamente, estudiosos localizam Sebá e Dedã na Península Arábica, em regiões que hoje correspondem à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, e possivelmente partes da Etiópia e Somália. Contudo, se seguimos a tese de uma migração oriental mais ampla, é plausível considerar que estes nomes tenham sido matrizes étnicas e culturais que deram origem a linhagens dispersas.


Na escatologia, há espaço para uma leitura simbólica: Sebá e Dedã representam não apenas dois povos, mas uma multidão de descendentes conscientes, nações orientais que mantêm uma postura de apoio a Israel, mesmo que não confessem a fé abertamente.

Essas nações hoje podem ser vistas como:


  • Nações árabes moderadas que reconhecem o direito de Israel existir;

  • Nações asiáticas com laços econômicos e estratégicos com Israel (como Índia, Coreia do Sul, Japão);

  • Descendências espirituais de Abraão espalhadas pelo mundo, que reconhecem o cumprimento das profecias e se posicionam do lado certo da história.

2.3 Sentinelas do Sul: Vozes que se Levantam


No grande teatro profético do fim, onde Gogue lidera uma coligação contra Israel (Ezequiel 38), é notável que Sebá e Dedã não se calam. Eles falam. E mais: eles questionam. Isso, por si só, já os diferencia de muitos. Num mundo onde o silêncio se confunde com cumplicidade, a atitude de Sebá e Dedã os torna guardadores da herança de Abraão, ainda que periférica, ainda que oculta. “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra… e de que servistes aos santos.”(Hebreus 6:10)


3. Os Sábios do Oriente: O Retorno dos Filhos de Quetura


“E, tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns sábios vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo.”(Mateus 2:1-2)


3.1 Não Eram Três Magos, Eram Profetas


A tradição cristã transformou os sábios em três magos, com nomes e camelos, uma imagem romântica, mas não muito real. Mateus não diz quantos eram, nem que eram magos. O que ele afirma, de forma clara, é que eram do oriente e tinham discernimento espiritual suficiente para reconhecer o nascimento do Messias.

Essa revelação não veio somente por Escrituras, mas por meio de uma estrela. Algo cósmico. Um sinal que não falava apenas ao intelecto, mas ao espírito. Os sábios não eram meros astrônomos. Eram homens com discernimento profético, ligados a uma tradição bíblica antiga. A pergunta que surge é inevitável: de onde vem essa tradição? A resposta está, mais uma vez, na linhagem esquecida de Abraão: os filhos de Quetura.


3.2 A Tradição do Oriente: O Que Foi Preservado?


É muito possível que esses sábios fossem descendentes dos povos orientais gerados por Quetura, como Midiã, Jocsã, Sebá e Dedã. Povos que foram enviados ao oriente com presentes (Gênesis 25:6), mas que levaram consigo sementes espirituais da fé em YHWH ainda que não completamente reveladas.


Essas sementes, ao longo de gerações, floresceram em tradições paralelas ao judaísmo. Não estavam em Jerusalém, mas aguardavam o mesmo Messias. E quando o céu falou, eles entenderam. Aqui está um mistério glorioso: Mesmo fora da Terra Prometida, a herança espiritual de Abraão viveu e viajou com os filhos de Quetura.


Os sábios não vêm como intrusos, nem curiosos. Eles vêm como parentes antigos, que atravessam o deserto para reconhecer a Criança prometida a seu patriarca em comum. Eles não eram pagãos buscando sabedoria, eram herdeiros procurando o Prometido.


3.3 Ouro, Incenso e Mirra: Presentes com DNA de Abraão


Os presentes dos magos não são arbitrários. Cada um carrega significado escatológico:

  • Ouro, para o Rei eterno.

  • Incenso, para o Sumo Sacerdote celestial.

  • Mirra, para o Sacrifício futuro.


Mas há mais. Em Gênesis 25:6, diz-se que Abraão deu “presentes” aos filhos das concubinas e os enviou ao oriente. Os magos voltam com presentes, um gesto que fecha o ciclo. Eles saíram com bênçãos e retornaram com honra. A narrativa sugere que os filhos de Quetura não foram apenas “expulsos”, foram comissionados. E os sábios do Oriente seriam, então, o cumprimento silencioso desse comissionamento: eles preservaram o mistério da promessa e, no tempo certo, se apresentaram para adorá-la.


3.4 Profecia em Movimento: A Conexão com Balaão


Outro eco do oriente está em Números 24:17, na boca de um profeta enigmático: Balaão, que veio “do oriente” (Números 23:7) e declarou: “Uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel...” Essa mesma estrela é seguida pelos sábios em Mateus. Coincidência? Pouco provável. É mais lógico ver aqui uma tradição profética preservada entre os povos orientais, transmitida por gerações, à espera do cumprimento.


Balaão talvez tenha sido um elo entre os filhos de Quetura e a profecia messiânica. Um arauto incompleto, mas ainda assim usado por Deus para semear conhecimento que germinaria séculos depois.


3.5 Aplicação Escatológica: Eles Voltarão?


Se os sábios do oriente reconheceram a primeira vinda do Messias, não seria ousado sugerir que seus descendentes reconhecerão também a segunda? Em Apocalipse 16:12, lemos que os reis do oriente serão preparados para o confronto final. Muitos os leem como inimigos, mas e se, à semelhança dos sábios, parte deles vierem reconhecer o Rei? “Porque desde o nascente do sol será o meu nome grande entre os gentios”(Malaquias 1:11)


As nações orientais podem, e o farão, nos últimos dias, surpreender o mundo com uma posição profética. Entre alianças políticas e guerras espirituais, alguns do oriente se dobrarão novamente, não ao Anticristo, mas ao Cordeiro.


4. Escatologia e os Filhos do Oriente


“O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates... para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.” (Apocalipse 16:12) “Mas, os rumores do oriente e do norte o espantarão…” (Daniel 11:44)


A Bíblia mostra que reis do Oriente virão na batalha final. Estes reis não vêm como aliados do Anticristo, mas como opositores, a sua vinda causa temor ao próprio Gogue. O secamento do rio Eufrates simboliza não apenas passagem física, mas espiritual, estratégica e profética. Se os filhos de Quetura formaram as grandes nações do Oriente, como China e Japão, o texto indica que elas desempenharão um papel crucial na oposição ao governo anticrístico, defendendo Israel.


4.1 Gogue e o Cenário do Fim


O capítulo 38 de Ezequiel é um dos textos mais fascinantes e temidos da escatologia bíblica. Descreve uma grande aliança de nações lideradas por Gogue, vinda do norte, que marchará contra Israel “nos últimos dias”. É a grande guerra escatológica, paralela ao Armagedom descrito em Apocalipse 16. Entre os nomes citados na coalizão de Gogue: Magogue, Meseque, Tubal, Pérsia, Cuxe e Pute. Em termos modernos, trata-se de uma aliança entre potências euroasiáticas, islâmicas e africanas. Mas o mais intrigante não está nos que atacam e sim nos que não atacam. E aqui o texto nos surpreende.



4.2 Sebá, Dedã e os Mercadores de Társis: Um Protesto Inesperado


“Sebá, Dedã, os mercadores de Társis, e todos os seus leõezinhos, te dirão:‘Vens tu para tomar despojo? Congregaste o teu exército para arrebatar presa?’”(Ezequiel 38:13)


Quem são esses que questionam a marcha de Gogue? Quem são esses que não se unem ao ataque, mas levantam a voz contra ele?

  • Sebá e Dedã: filhos de Quetura (via Jocsã, Gênesis 25:3), habitantes do oriente.

  • Társis: associado à costa da Espanha ou mesmo à Inglaterra, no extremo ocidente.


Curiosamente, esses povos orientais e ocidentais aparecem como espectadores críticos, não como aliados de Gogue. O protesto deles é econômico, quase diplomático, mas profeticamente significativo. Eles não lutam contra Israel… mas também não aceitam a coalizão das trevas.


4.3 O Retorno Profético dos Filhos do Oriente


A menção de Sebá e Dedã neste cenário final sugere algo profundo: os filhos de Quetura, que uma vez se afastaram para o oriente, não estarão entre os inimigos de Israel nos últimos dias. Ao contrário, serão vozes de resistência. Talvez não armados, mas alertas. Talvez não em aliança direta com Israel, mas também não sujeitos ao espírito de Gogue.

Aqui vemos uma virada escatológica surpreendente: Aqueles que outrora estiveram longe do concerto, agora são testemunhas silenciosas da verdade.Não são cúmplices, são sentinelas proféticas.


4.4 Entre o Norte e o Oriente: Um Encontro Profético


Se Gogue representa uma força espiritual que vem do norte (Ez 38:15), então o oriente, representado por Sebá e Dedã, ocupa uma posição neutra mas observadora. Mas atenção: em Daniel 11:44 lemos algo ainda mais profético: “Mas rumores do oriente e do norte o espantarão...”(Daniel 11:44) Esses rumores causarão pânico no coração do Anticristo. Não está claro o que são, mas há evidências geopolíticas, espirituais e econômicas fortíssimas que possam ser movimentos inesperados, talvez espirituais, talvez militares, surgindo onde ele esperava lealdade ou indiferença. Pode ser que Sebá, Dedã e seus descendentes estejam entre esses rumores. Sinais de que nem todo o mundo se dobrará à besta. Nem todo o oriente se entregará. Alguns lembrarão de onde vieram.

4.5 Ecos dos Magos e dos Pastores


Assim como os magos do oriente reconheceram o Rei em sua primeira vinda, os descendentes espirituais de Quetura resistirão ao falso rei nos últimos dias. É como se a história se repetisse, mas em espiral ascendente:


  • No nascimento: o oriente vem adorar o Messias.

  • Na segunda vinda: o oriente recusa o Anticristo.


Profético? Sem dúvida. Coerente? Absolutamente.


4.6 Aplicação Espiritual: Os Filhos do Meio


Os filhos de Quetura não são Israel. Tampouco são gentios completamente estranhos. Estão “no meio do caminho”. Estão no oriente, longe, mas ainda dentro do alcance da promessa. Nos últimos dias, serão testemunhas vivas de que Deus não esqueceu as sementes plantadas em Gênesis 25. Eles foram enviados com presentes. Voltarão com propósito.

 

5. Um Novo Pacto: Israel e seus “irmãos do Oriente”


“Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque” (Gênesis 25:5)


Embora Isaque herde a promessa, os demais filhos receberam presentes e foram abençoados. O que vemos nos tempos do fim é a convergência dessas bênçãos secundárias ao Reino de Deus. As nações do Oriente, que aparentemente haviam se afastado da promessa, retornam como defensores de Israel e reconhecedores do verdadeiro Rei. Isso culmina no cumprimento de Isaías 60: “As nações virão à tua luz, e os reis ao resplendor do teu nascimento.”

5.1 Um Rei Furioso: O Retrato do Anticristo


Daniel 11, embora cheio de detalhes históricos entre os reis do Norte e do Sul, culmina com uma descrição profética de um personagem futuro: um rei arrogante, impiedoso, e cheio de estratégias demoníacas. Um tipo, e mais tarde o próprio, Anticristo. Esse rei estabelece seu domínio, invade nações, blasfema contra Deus, se exalta acima de tudo que é sagrado. Está num auge de poder…Até que algo o inquieta.


E não é uma força militar vinda do ocidente. Não é um motim interno. É um rumor. Do oriente. E do norte.


5.2 Rumores Proféticos: O que São?


A palavra “rumores” vem do hebraico šĕmuʿāh que pode significar boatos, notícias, avisos, proclamamentos. Não necessariamente tropas mas sinais, falas, movimentos que o desestabilizam. O Anticristo, que conquistava tudo com força e estratégia, agora reage com fúria e medo a... rumores? O que poderia ser tão perturbador?


  • Um avivamento do oriente

  • Um despertar espiritual de povos esquecidos

  • Um retorno das nações descendentes de Quetura ao Deus de Israel


Esses rumores representam um alinhamento profético contrário ao sistema da besta, vindo de lugares que o Anticristo não controlava: o norte... e o oriente.


5.3 O Oriente como Espaço Profético


O oriente, na narrativa bíblica, é lugar de mistério, conhecimento e revelação. Foi de lá que vieram os sábios. Foi para lá que Abraão enviou os filhos de Quetura. É lá que nascem culturas milenares e onde os ecos da aliança podem ainda estar adormecidos. Mas nos últimos dias, algo se move: o oriente acorda.


E quando acorda, assusta o império das trevas. O Anticristo não teme armas, mas teme sinais de vida em territórios onde ele acreditava reinar como: igrejas subterrâneas na China, conversões em massa no Irã, manifestações espirituais no Japão e descendentes de Quetura reconhecendo a linhagem de seu pai Abraão e tomando posição ao lado de Israel.


5.4 Quetura e os Rumores: O Elo Perdido?


Se os filhos de Quetura se espalharam pelo oriente, e se o oriente gera rumores que abalam o Anticristo...É profeticamente coerente pensar que esses rumores incluem os descendentes espirituais e culturais de Quetura. Eles não estão no palco principal, mas também não estão cegos. O tempo da restauração de todas as coisas (Atos 3:21) inclui ressurgimentos inesperados. E se Deus, em Sua soberania, usar até os filhos "esquecidos" para surpreender o sistema da besta? Seria o cumprimento de Isaías 11:11: “Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo... de Elão, de Sinar, de Hamate, e das terras do mar.”

O oriente, novamente, entra em cena. Não como inimigo. Mas como instrumento de resistência.


5.5 Aplicação Profética: Nunca Subestime os Esquecidos


Os rumores do oriente ensinam que Deus nunca deixa pontas soltas. Ele pode usar os improváveis para confundir os arrogantes. E os desprezados para envergonhar os poderosos. Deus pode levantar vozes onde achávamos que havia silêncio. Pode restaurar filhos que pensávamos dispersos para sempre. O Anticristo treme… diante do som de passos que vêm do oriente!


Conclusão


Esse artigo propõe um retorno surpreendente ao texto bíblico com lentes novas, porém profundamente alicerçadas na tradição. Os filhos de Quetura, esquecidos por muitos, são também, como tantos outros, protagonistas silenciosos do plano divino, que culminará com a defesa de Israel e a queda do Anticristo.


Nações como China, Japão e Coreia, hoje potências econômicas e militares, não são acasos históricos. São parte do plano eterno de Deus que começa com Abraão, passa pelos sábios do Oriente, e culmina nos reis do Oriente marchando contra o trono do mal, para preparar o Reino Milenar do Messias.


Deus abençoe!

Pastor Erik Santana

Graduado em Teologia, com especialização em Episcopologia e Escatologia pelo International Seminary Hosanna Bible School. É autor dos livros cristãos As Quatro Torres (Zonas de Ataque Espiritual), A Nova Criatura, Ensina-nos como orar e Famílias que salvam cidades.

 





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