top of page
Foto do escritorPr. Erik Santana

Como viver uma vida cheia do amor de Deus?

"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós." Mateus 6:14

Como podemos viver uma vida cheia de Deus à luz do versículo de Mateus 6:14? Esta passagem bíblica nos lembra de uma verdade central da fé cristã: o perdão é tanto um dever quanto um reflexo do caráter de Deus. Quando Jesus ensinou seus discípulos a orar, Ele incluiu o perdão como um aspecto essencial da vida espiritual. Perdoar aqueles que nos ofenderam é, portanto, uma manifestação direta do amor e da graça que recebemos de Deus. O perdão, nesse contexto, não é simplesmente um ato de bondade humana, mas uma participação no ato divino de reconciliação. Jesus deixa claro que nosso relacionamento com Deus está intrinsecamente ligado à nossa disposição de perdoar os outros.


O poder transformador do perdão é algo que transcende o mero ato de dizer "eu te perdoo". Ele é um processo que liberta tanto o ofensor quanto o ofendido. Quando perdoamos, não estamos apenas libertando a outra pessoa de suas dívidas emocionais ou espirituais; estamos, na verdade, nos libertando das correntes do ressentimento e da amargura. O perdão permite que a cura comece em nosso próprio coração, levando-nos a uma vida mais plena e em paz com Deus e com os outros. O versículo também aponta para a reciprocidade do perdão divino. Deus, em Sua infinita misericórdia, nos perdoa quando nos voltamos para Ele em arrependimento.


Contudo, esse perdão que recebemos não é um fim em si mesmo, mas um convite para sermos agentes do perdão no mundo. Quando falhamos em perdoar, estamos de certa forma rejeitando o perdão que Deus nos oferece. Em Mateus 18:21-22, Pedro pergunta a Jesus quantas vezes deve perdoar seu irmão, e Jesus responde: "Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete". Este ensino nos desafia a ver o perdão não como uma opção ou uma obrigação esporádica, mas como um estilo de vida contínuo. O verdadeiro perdão exige coragem, pois nos obriga a confrontar nossas próprias feridas e vulnerabilidades. Requer uma disposição para deixar ir o desejo de vingança e retribuição, e escolher o caminho da reconciliação.


O apóstolo Paulo nos lembra em Colossenses 3:13: "Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outro. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós". Esta exortação reforça que o perdão é uma expressão da graça que recebemos de Deus e que devemos estender aos outros.


O perdão, portanto, é um ato de graça, uma dádiva que oferecemos sem exigir nada em troca. Em Efésios 4:32, Paulo nos instrui a sermos "benignos uns para com os outros, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo". Este versículo sublinha a ligação entre o perdão humano e o divino, mostrando que nossa capacidade de perdoar está enraizada na experiência de sermos perdoados por Deus. Em última análise, o perdão não é apenas um benefício para quem o recebe, mas também uma fonte de libertação e renovação para quem o oferece.


Ele nos chama a viver de acordo com os valores do Reino de Deus, onde o amor e a misericórdia prevalecem sobre o julgamento e a condenação. Ao perdoar, demonstramos a coragem de confiar na justiça de Deus e não em nossas próprias mãos, permitindo que Ele transforme nosso coração e nossas relações. Que possamos, portanto, buscar viver o perdão como um reflexo do amor de Cristo em nossas vidas, lembrando sempre que, assim como fomos perdoados, somos chamados a perdoar.






Pastor Erik Santana é graduado em Teologia com especialização em Episcopologia e Escatologia pelo International Seminary Hosanna Bible School


17 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page