Não és tu desde a eternidade, ó Senhor meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó Senhor, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.
Habacuque 1:12
O versículo de Habacuque 1:12 apresenta o profeta questionando a aparente inação de Deus diante da injustiça que permeava a sociedade de seu tempo. Ele indaga: "Não és desde a eternidade, Senhor meu Deus, meu Santo? Não morreremos..." Esta questão reflete uma das maiores lutas espirituais que os crentes enfrentam: o silêncio divino diante das aflições humanas.
As Escrituras revelam que a aparente quietude de Deus não é sinal de ausência, mas de um propósito maior que vai além da compreensão humana. Em Isaías 55:8-9, Deus declara que Seus pensamentos e caminhos estão acima dos nossos. Ele enxerga além do momento presente, compreendendo o quadro completo da história e o impacto eterno de Suas ações.
A fé é desafiada quando confrontada com a ausência aparente de respostas divinas às perguntas humanas. No entanto, a confiança no caráter de Deus, Sua soberania e Seu amor são fundamentais para sustentar a fé durante esses períodos de dúvida. Como o salmista expressou em Salmos 46:10, devemos "ficar quietos e saber que Ele é Deus".
O silêncio de Deus não significa inatividade, mas pode ser visto como uma oportunidade para crescimento espiritual e fortalecimento da fé. Ele nos chama para confiar Nele mesmo quando não compreendemos Seus caminhos, como mencionado em Provérbios 3:5-6.
Por fim, o entendimento do silêncio de Deus requer uma perspectiva eterna. Na eternidade, todas as perguntas serão respondidas e toda lágrima será enxugada (Apocalipse 21:4). Até lá, somos chamados a confiar em Deus, mesmo quando Seu silêncio parece ensurdecedor.
PASTOR ERIK SANTANA
Bacharel em Teologia, com especialização em Escatologia e Episcopologia, pelo International Seminary Hosanna and Bible School.
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