E faleceu Samuel, e todos os filhos de Israel se ajuntaram, e o prantearam, e o sepultaram na sua casa, em Ramá. E Davi se levantou e desceu ao deserto de Parã.
1 Samuel 25.1

Como todo aquele que nasce neste mundo, Samuel cresceu, tornou-se adulto, recebeu uma missão do Senhor, desempenhou-a com amor e dedicação e, então, morreu. Os perdidos ainda não sabem da existência de um plano divino para eles. Por isso, nem sequer procuram pelo Criador do Universo. Ora, este Ser que conhecemos como Deus pode resolver os problemas da humanidade por um ato simples: a fé na Palavra (Rm 10.17; Hb 11.1).
Sem dúvida, a partida de Samuel, que muito representava para Davi, foi um baque imenso, pois essa perda era praticamente insubstituível. No entanto, Davi se levantou e seguiu adiante a sua luta para não ser morto por Saul, o qual nutria por ele um ódio mortal. Os dias para o filho de Jessé eram duros. Somente nos desertos, ele se achava protegido. Ele nada fizera para ser caçado dessa forma, a não ser ter sido escolhido para reinar no lugar de Saul.
Os filhos de Israel se ajuntaram para o sepultamento de Samuel, mas Davi não pôde ir à cerimônia. Se o fizesse, seria morto pelo enlouquecido rei. No entanto, por pelo menos duas vezes, Davi podia ter tirado a vida de Saul, e só não fez isso, porque sabia que este fora ungido pelo Senhor (1 Sm 24.6; 26.16). Nunca se atreva a falar ou prejudicar quem tem a unção de Deus sobre si.
Há coisas que nos magoam e entristecem profundamente. Isso deve ter ocorrido inúmeras vezes com Davi. Viver no deserto é difícil, pois está cheio de animais venenosos. Não há árvores frutíferas nesse lugar árido e hostil. Mas Deus escolheu os desertos para ensinar o filho de Jessé a amá-Lo – ter e cumprir os mandamentos – e ser amado por Deus também. Essa era a preparação para ser o melhor rei de Israel.
Não seremos bons servos, se não passarmos pelos desertos da vida, repleto de pessoas que nos odeiam porque as amamos e queremos a salvação eterna delas. Muitas estão tão mergulhadas nas obras do diabo, que chegam a nos perseguir. Por que o homem se dá tanto às coisas materiais, afastando-se do Todo-Poderoso? Que o Senhor nos oriente e nos use deve ser a nossa oração!
Davi dirigiu-se ao deserto de Parã – mais um na sua coleção de ambientes inóspitos. Ali, ele buscava a Deus de todo o coração, fugindo do furioso rei. Quando você se encontrar em situação semelhante, aproveite essa oportunidade de ouro para servir ao Altíssimo com todo o seu coração. Em tempos de angústia e perplexidade, vivemos os melhores momentos ao lado do nosso amado Pai e do nosso Salvador. O Espírito Santo nos guiará na Verdade.
Davi vivia como nômade, escondendo-se para preservar a sua vida. Foi em um desses “seminários” que ele entendeu e escreveu: O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio (Sl 18.2). Obrigado, Jesus, pelos seminários!
Erik Santana

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