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Foto do escritorPr. Erik Santana

O que separa-nos do amor de Deus?

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, [...] nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38-39

O apóstolo Paulo afirma com convicção que nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Esta declaração poderosa nos convida a refletir sobre a profundidade e a imutabilidade do amor divino. Paulo, ao enumerar uma série de elementos que incluem a morte, a vida, anjos, principados, coisas do presente e do futuro, forças, altura, profundidade e qualquer outra criatura, enfatiza que nenhuma dessas coisas tem o poder de nos afastar do amor de Deus. Essa certeza é um conforto profundo para todos os que creem, pois nos mostra que o amor de Deus é inabalável e constante, independentemente das circunstâncias que enfrentamos.


O amor de Deus, descrito por Paulo, é um amor que transcende as limitações humanas. Em nossa experiência cotidiana, muitas vezes associamos amor a condições e expectativas, mas o amor de Deus não se baseia em méritos ou na nossa capacidade de retribuir. Ele é um amor que precede a nossa existência e permanece mesmo diante das nossas falhas e limitações. Como está escrito em 1 João 4:16, "Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele". Este amor é a essência do caráter divino e se manifesta plenamente em Cristo Jesus. Ele é a garantia de que, por mais que as circunstâncias da vida sejam adversas, o amor de Deus por nós nunca falhará.


A profundidade desse amor é ainda mais impressionante quando consideramos o contexto de Romanos 8. Paulo escreve para uma comunidade que enfrentava perseguições e sofrimentos, mas ele os encoraja a olhar para além das dificuldades imediatas e a fixar seus olhos na realidade eterna do amor de Deus. Em meio às lutas, dúvidas e dores, a certeza do amor de Deus é o que sustenta a fé dos crentes. Paulo estava convencido de que nem mesmo a morte, que para muitos é o maior dos temores, tem o poder de nos separar desse amor. Em 1 Coríntios 15:55-57, ele ecoa essa vitória ao dizer: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?... Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo".


Além disso, o amor de Deus é ativo e transformador. Não se trata apenas de um sentimento ou de uma promessa vaga, mas de uma força que atua em nossas vidas, nos moldando à imagem de Cristo. Em Efésios 3:17-19, Paulo ora para que os crentes possam "compreender a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" do amor de Cristo, que excede todo entendimento. Esta compreensão não é meramente intelectual, mas vivencial. É através da experiência do amor de Deus que somos capacitados a viver de acordo com Sua vontade, a amar ao próximo e a perseverar em meio às provações.


Contudo, é importante reconhecer que esse amor não nos isenta das dificuldades e desafios da vida. Jesus mesmo afirmou em João 16:33: "No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". O amor de Deus não é uma promessa de uma vida sem problemas, mas a certeza de Sua presença constante em meio a eles. É a confiança de que, independentemente do que enfrentemos, Deus está conosco, nos sustentando e nos guiando. E mais do que isso, é a segurança de que, no final, o amor de Deus triunfará sobre todas as coisas.



Ao refletirmos sobre Romanos 8:38-39, somos chamados a responder a esse amor com confiança e gratidão. Nossa fé deve ser ancorada na certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus. Isso significa que, em momentos de dúvida, angústia ou tentação, podemos nos voltar para Deus com a confiança de que Ele está ao nosso lado, pronto para nos amparar. Em 2 Coríntios 12:9, Deus nos lembra: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Essa graça é uma manifestação do Seu amor incondicional, que se torna ainda mais evidente em nossas fragilidades.


Por fim, é essencial que permitamos que esse amor molde nossas vidas e atitudes. Se Deus nos ama de forma tão profunda e inabalável, somos chamados a refletir esse amor em nossas relações com os outros. Como Jesus ensinou em João 13:34-35: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros". Amar ao próximo com o amor de Deus significa estender graça, compaixão e perdão, reconhecendo que, assim como nada pode nos separar do amor de Deus, somos também chamados a viver em amor incondicional para com aqueles ao nosso redor. Que possamos viver à luz dessa verdade, permitindo que o amor de Deus em Cristo Jesus seja a força motriz de nossas vidas e a esperança que carregamos em nossos corações.







Pastor Erik Santana é graduado em Teologia com especialização em Episcopologia e Escatologia pelo International Seminary Hosanna Bible School


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