Por que Jesus se Entregou por Mim?
- Pr. Erik Santana
- 3 de jun.
- 4 min de leitura
"Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido". Lucas 19:10

A vida cristã começa com uma entrega, mas não a nossa. Ela começa com a entrega de Jesus Cristo, que veio “buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10). Esse versículo resume com clareza o propósito da encarnação do Filho de Deus: restaurar o relacionamento rompido entre o Criador e Suas criaturas. Quando Paulo escreve em Gálatas 2:20: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim...”, ele está expressando uma transformação que só é possível porque o próprio Cristo nos amou ao ponto de Se entregar por nós. A profundidade desse ato não pode ser ignorada. Cristo veio por iniciativa do amor divino, e não porque fôssemos merecedores, mas justamente porque estávamos perdidos. Ele não veio apenas para consolar ou ensinar, mas para nos resgatar da morte espiritual.
A cruz é o centro dessa missão. A entrega de Cristo foi voluntária, sacrificial e substitutiva. Ele tomou o nosso lugar. Como diz Isaías 53:5: “Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” Jesus não veio apenas viver entre os homens, mas morrer por eles. E não morreu por bons, mas por pecadores. Paulo reforça isso em Romanos 5:8: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” A missão de Jesus não foi genérica; foi pessoal. Ele se entregou por mim. E ao entender essa verdade, a fé se torna mais do que um conjunto de doutrinas: torna-se um relacionamento de amor, de gratidão e de rendição.
A rendição é o resultado natural do encontro verdadeiro com esse amor. Paulo afirma que foi crucificado com Cristo. Isso não é uma figura de linguagem vazia, mas uma realidade espiritual. O “eu” antigo, dominado pelo pecado, pelo egoísmo e pela rebeldia, foi colocado na cruz com Jesus. Quando reconhecemos que Ele morreu por nós, nossa resposta é morrer para nós mesmos. É o que Jesus ensinou em Lucas 9:23: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” Essa morte do “eu” não significa perda de identidade, mas o surgimento de uma nova identidade, não mais centrada em nossos desejos, mas na vontade de Deus.
Viver pela fé no Filho de Deus, como diz Paulo, significa confiar plenamente na obra de Cristo e permitir que Sua vida se manifeste em nós. O evangelho não é apenas sobre perdão; é sobre transformação. Somos chamados a viver uma vida que reflita a presença de Cristo em nós. João Batista expressou isso bem ao dizer: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). Essa fé ativa molda nossos pensamentos, escolhas, relacionamentos e prioridades. Ela nos guia a uma nova forma de existir, uma existência em Cristo, por Cristo e para Cristo. A graça não é um ponto de chegada, mas o início de uma jornada de santificação e intimidade com Deus.
Quando Cristo vive em nós, o amor se torna o fundamento da nossa vida. Ele nos amou e se entregou por nós. Esse amor nos constrange, como Paulo declara em 2 Coríntios 5:14-15: “Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” A vida cristã não é egoísta, mas generosa; não é passiva, mas ativa; não é vazia, mas cheia da presença de Deus. Viver com Cristo é ter um propósito eterno e um motivo maior do que qualquer interesse pessoal.
A missão de Cristo continua através de nós. Ele veio buscar e salvar os perdidos, e agora nos envia com a mesma missão. Em João 20:21, Jesus disse: “Assim como o Pai me enviou, eu os envio.” Isso significa que nossa vida não é mais nossa, pertence a Aquele que nos comprou com Seu sangue. Cada ato de amor, cada palavra de consolo, cada gesto de misericórdia que praticamos deve refletir o coração de Cristo. O mundo precisa ver Jesus, e a maneira mais clara de revelá-Lo é por meio de vidas transformadas que testemunham do Seu poder, graça e amor.
Portanto, se perguntarmos por que Jesus se entregou por mim, a resposta não está apenas na necessidade do nosso perdão, mas no desejo do coração de Deus de nos fazer Seus filhos e co-herdeiros com Cristo. Ele se entregou para que pudéssemos viver, não uma vida qualquer, mas a vida de Cristo em nós. Que essa realidade nos leve a responder como Paulo: com fé, com entrega e com a convicção de que o Filho de Deus nos amou e Se entregou por nós. E se Cristo vive em nós, então que cada respiração, cada decisão e cada passo revelem essa nova vida, para a glória de Deus Pai.
Deus Abençoe!

Pastor Erik Santana
Graduado em Teologia, com especialização em Episcopologia e Escatologia pelo International Seminary Hosanna Bible School. É autor dos livros cristãos As Quatro Torres (Zonas de Ataque Espiritual), A Nova Criatura, Ensina-nos como orar e Famílias que salvam cidades.
#AmorDeDeus #GraçaDivina #MisericórdiaDeDeus #VidaEmCristo #SalvaçãoPelaGraça #TransformaçãoEspiritual #JesusNossoSalvador #AmorIncondicional #FéCristã #VidaAbundante #Romanos838 #Efésios2 #GratidãoADeus #AmorEterno #PerdãoDivino #EvangelhoDeCristo #EsperançaEmCristo #RenovaçãoEspiritual #DeusÉAmor #FéEEsperança #SalvaçãoEterna #CristoVivo #NovaVidaEmCristo #ObraRedentora #AmorQueSalva #LouvorEAdoração #DeusNosAma #AmorQueTransforma #PoderDoEvangelho #SeguirJesus #eriksantana
Comments