Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
Gálatas 3.3
O início do nosso amor a Deus foi obra do Espírito Santo, que veio para nos convencer dos nossos pecados, levando-nos a um arrependimento sincero. Por essa razão, obtivemos as misericórdias do Senhor, que perdoou as nossas transgressões e nos concedeu a fé em Cristo e toda sorte de bênçãos compradas por Ele em Sua morte. Esse ato foi tão bom e perfeito, que as Escrituras declaram que ninguém pode intentar acusações contra os eleitos de Deus (Rm 8.33).
O Senhor prometeu que seria com Salomão para sempre, desde que este fosse fiel à Sua Palavra, perseverando em agir conforme a vontade divina: E estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje (1 Cr 28.7). No entanto, o mais sábio da face da Terra desconsiderou essa exigência, e o seu reino foi quebrado na geração seguinte, com o seu filho Roboão. Misericórdia!
Jesus nos avisou de um perigo que ronda os salvos, dizendo: E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo (Mc 13.13). Devemos ser sensatos, pois, tendo começado pelo Espírito, não podemos dar ouvidos aos fracos, que decidem interpretar a Palavra, crendo naqueles que usam leituras desequilibradas para “melhorar” o que já veio perfeito: a salvação.
Paulo advertiu os gálatas de que incorriam em gravíssimo erro. Eles estavam desprezando as Escrituras e acreditando nas doutrinas pregadas por quem não conhecia completamente o Novo Pacto. Assim, voltavam às práticas do judaísmo. O apóstolo escreveu: Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão (Gl 5.1). Cuide-se para não retornar ao passado!
Quando uma pessoa se converte ao Evangelho, ela nasce de novo. Isso não ocorria nos tempos da Lei, pois esta não era o amor de Deus em Sua totalidade. A Lei era boa para aquele período, mas não para quem se tornou parte do Corpo de Cristo. Não temos de praticar nada para agradarmos a Deus, a não ser nos assumir como a justiça de Deus em Cristo. Ora, a justiça do Senhor não vive em pecado nem nega as revelações da Bíblia.
É insensatez deixar que alguém o guie pela Lei de Moisés, pois, se ela fosse suficiente, o Todo-Poderoso não teria enviado o Seu Filho. O Messias veio com a missão de nos livrar do diabo e levar-nos ao Reino dos Céus. Ora, se já estamos no Seu Reino, devemos ir atrás do que Cristo diz claramente: vinho novo se coloca em vaso novo (Mc 2.22). Acorde para a verdade e recuse a fraqueza de quem nunca provou a verdadeira salvação.
Sabe o que acontece com aqueles que voltam aos rudimentos do judaísmo, desprezando a graça divina? Paulo explica: Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído (Gl 5.4). Você deseja isso, ou pedirá perdão pelos seus erros?
Louvado seja Deus pela sua vida,
PASTOR ERIK SANTANA
Bacharel em Teologia, com especialização em Escatologia e Episcopologia, pelo International Seminary Hosanna and Bible School.
Comentários