Efraim me cercou com mentira, e a casa de Israel, com engano; mas Judá ainda domina com Deus e com o Santo está fiel.
Oseias 11.12
Na divisão ocorrida na casa de Davi, duas tribos foram fiéis à sua casa, dez delas formaram o Reino do Norte (1 Rs 12.1-19), que, mais tarde, também recebeu o nome de Samaria, a capital; algumas vezes, também chamado de Efraim, o nome da meia tribo de José. Praticamente todos aqueles que reinaram em Samaria foram maus, dados à feitiçaria, idolatria e aos demais cultos pagãos existentes ali, antes de Israel assumir o controle daquela terra (Dt 18.9-14).
A tribo de Efraim cercou o Senhor com mentira, crendo nas religiões daquele lugar e desagradando a Deus. O Altíssimo havia tirado os filhos de Jacó do Egito com mão forte, para fazer deles um povo Seu, especial e zeloso de boas obras (Tt 2.14). Mas, como creram nas coisas místicas colocadas pelo diabo naquela terra, a fim de desviá-los do verdadeiro Deus e impedi-los de serem guardados e protegidos pelo Todo-Poderoso de Israel, falharam na missão que o Senhor lhes reservara. É triste!
Logo após a divisão dos reinos, Jeroboão, o primeiro rei escolhido pelo Senhor para pastorear o Seu povo, mandou construir dois bezerros de ouro e, ao apresentá-los, disse a toda nação que os adorasse, pois eram os “deuses” que a haviam tirado do Egito (1 Rs 12.28). Jeroboão levou a ira divina sobre as pessoas da sua terra. Como ele podia cercar o Protetor de Israel com mentira? Como explicar tamanha maldade de alguém que deveria adorar somente o Altíssimo?
A tribo de Efraim cercou o Senhor com mentira, e a nação toda com engano. Eles preferiram ir atrás de deuses, que não passavam de demônios, a andar retamente diante de Deus e, assim, permitir que Ele cumprisse neles as promessas feitas desde Abraão, o primeiro patriarca de Israel, passando por Isaque e Jacó. Por que agiram desse modo? Esse povo tinha a Lei de Moisés, mas optou pela “lei da mentira”.
No tocante à tribo de Judá – que, com Benjamim, continuaram fiéis à casa de Davi, e formaram o reino de Judá –, quase todos os reis foram bons, havendo poucos que negaram Quem os tirara do Egito. Ao falar deles, Oseias afirmou que eles dominavam com o Senhor, e com o Santo estava fiel. O profeta estava profetizando que, alguns anos depois, também seguiriam o Reino do Norte no seu engano. Isso aconteceu, e foram levados ao cativeiro (2 Rs 17.7-21)!
Muitos começaram bem com Cristo, mas O deixaram após um tempo, para seguirem o caminho do sofrimento eterno. Isso é muito sério! Jesus declarou que só quem perseverar será salvo (Mt 24.13; Ap 2.10b). Como alguém, que conhece a Palavra, pode se deixar levar pelo demônio? Pior é não haver arrependimento nem confissão do erro, e sim entrega aos espíritos imundos pela eternidade. Por quê?
Quantos de Efraim seriam açoitados por Abraão, Isaque e Jacó, se estes pudessem ver as más e tristes atitudes que seus descendentes tomaram? Os patriarcas pagaram um preço alto para lhes dar a possibilidade de viver ao lado do Altíssimo para sempre, mas se entregaram aos pecados da carne e ao diabo. Que destino triste esses maus servos terão!
Erik Santana
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